continuando...

Ficou uma beleza a foto da Lavras 343...

Uma beleza, mesmo. Só de olhar para a foto, os meus "zoinhos" (todos os quatro) já se inundam.
Falando em quatro olhos (era como alguns fedelhos me chamavam na infância), como a nossa família é chegada num apelido, né? Acho que isto é coisa de mineiro. Quando a gente folheia a Ajuda para Reviver do papai, é tanto "...inho" e "...inha" , "nhá" e "nhô", "sá", "fulano de fulana", "beltrana de beltrano". Dificilmente alguém era chamado simplesmente pelo nome de batismo. A gente podia fazer um "revival" dos nossos apelidos de infância. Quem sabe um concurso do mais apelidado?
Revendo o "Paraunando", agora devidamente ilustrado, eu me lembrei que nós, quando estávamos mais atacados e entediados (três meses de férias dava nisto, uma hora a gente tinha que ser criativo), dávamos uma fugida da Lavras, à pé, junto com os primos de Maria Lúcia e do Luciano, e em bando, corríamos desembestados até a Paraúna, e ficávamos rondando o solar do lado de fora, apostando se alguém tinha coragem de tocar a campainha, na cara de pau. Esta façanha me coube uma vez e quando uma das tias atendeu, acho que a Naim, eu fiquei estatelada lá, sem saber o que dizer e fazer. Depois de uma certa idade, e não estando acostumados com as caras mutantes pré-adolescentes, é compreensível que os adultos não nos reconheçam, ainda mais quando ficam muito tempo sem nos ver, como era o nosso caso. Acho que me identifiquei rapidamente, e piquei a mula, diante de uma estupefata tia e dos risos abafados do resto da turma que assistia escondida atrás do muro. Foi um "oi" e um "tchau", um verdadeiro nocaute na pobre Naim.
O legal desta nossa reciclada familiar é isto, a gente vai lembrando e recordando de cada coisa... Não vê o Pascal? Não demora a Rio Doce vai servir de inspiração para algum livro de memórias. O José Eduardo, que é assim, digamos... mais "experiente" (ele vai adorar esta), bem que podia se aventurar a fazê-lo; inspiração e humor não lhe faltam.
Por falar nisto, PASCA, você era um sortudo com suas calças azul- marinho e blusão branco debruado de azul, etc,etc... O meu uniforme do Marista, em Colatina, era um primor. Saia "cáqui burro quando foge", abaixo dos joelhos, meias três-quartos pretas, kichutes idem, blusa verde bandeira triunfante, com as iniciais VJMJ bordadas em VERMELHO BERRANTE. Uma coisinha bem fashion, né? Era um tormento diário ter que ostentar esta indumentária. E eu ainda colocava uma tiara vermelhinha na cabeça, prá combinar. Tsk, tsk.
Inté

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